quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Bandejão de volta na UFPE

Na próxima segunda-feira, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) atenderá uma antiga reivindicação dos estudantes da instituição. Depois de 15 anos de espera, o restaurante universitário (RU) vai reabrir suas portas, às 11h. A cerimônia é disputada e deve contar com a presença do ministro da Educação, Fernando Haddad. Mas a reinauguração já está causando polêmica. Nas redes de relacionamento Twitter e Facebook, os alunos criticam a colocação de quatro detectores de metais nas saídas do refeitório (dois nas saídas dos estudantes, um perto do lixo e outro na saída dos funcionários).

Segundo a diretora do restaurante, Edleide Freitas, a medida foi tomada a pedido da empresa DuChef, terceirizada contratada para preparar as refeições. Neste primeiro momento, o RU vai oferecer 3,8 mil refeições por dia. Mil e quinhentos estudantes, selecionados através de critérios socioeconômicos, terão direito a almoço ou jantar gratuitos. O acesso ao restaurante só será possível através de leitura biométrica (feita com a digital do polegar dos alunos cadastrados).

De acordo com a diretora do local, os detectores foram comprados para evitar que talheres e bandejas sejam ´desviados`. ´Os detectores foram colocados para preservar o patrimônio da universidade. Os talheres foram adquiridos pela UFPE e ficarão sob responsabilidade da DuChef até o término do contrato, quando serão devolvidos. Por isso a empresa solicitou a instalação dos equipamentos de segurança`, explicou Edleide Freitas. Os detectores custaram em torno de R$ 11,2 mil. Além do restaurante da UFPE, a DuChef também coordena os refeitórios da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), de hospitais públicos e das Unidades de Pronto-Atendimento (UPA). Em nenhum desses locais, no entanto, foi instalado detector de metais.

´Essa é uma iniciativa nova, que vai começar na Federal`, justificou a nutricionista da empresa, Milena Nascimento. A equipe do Diario entrou em contato com a UFRPE, para saber se os alunos ou funcionários costumam levar talheres do restaurante universitário. A assessoria de comunicação da Rural informou que esse tipo de problema não existe por lá.

Para o estudante do 3º período de ciências atuariais Phillipe Ribeiro, a instalação dos detectores é desnecessária. ´Eu não sairia, jamais, com talheres ou pratos do restaurante. Esses equipamentos podem causar constrangimentos`, argumentou. A colega Eliene Silva, do 9º período de engenharia química, concorda. ´Pega até mal essa história de detector de metal. A reputação dos alunos da Federal vale mais do que alguns garfos e facas. Acho essa instalação muito exagerada`, opinou.

Já a aluna do 8º período de geografia Wilhia Roberta considera correta a precaução. ´Existem pessoas de má índole em qualquer lugar. Não dá para confiar em todo mundo`, ponderou. A polêmica só começou.

SÍTIO DO DIÁRIO DE PERNAMBUCO

Nenhum comentário:

Postar um comentário