sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
O Outono da Idade Média, finalmente em tradução brasileira pela Cosac & Naify
Grande clássico da historiografia ocidental, publicado em 1919, este livro é a obra-prima de Johan Huizinga (1872-1945), tendo sido lançado em mais de vinte línguas. Pela primeira vez traduzido para o português a partir do original holandês, esta edição é resultado de pesquisas que reestabeleceram o texto original, em 1997.
Raras vezes um período histórico foi apresentado de maneira tão viva e colorida. Aqui, a Idade Média é vista na plenitude de seus contrastes, distante do lugar-comum segundo o qual ela não passaria de uma transição, longa e letárgica, entre o brilho da Antiguidade e do Renascimento. O autor mostra as formas de vida e de pensamento medievais, tal como se expressaram na cultura, na arte, na religião e no pensamento, e também nos modos de expressão da felicidade, do sofrimento, do amor e do medo da morte no dia a dia das pessoas. Huizinga utilizou métodos e fontes históricas pouco usuais em sua época. Combinando a crença no poder revelador da obra de arte e um olhar muito semelhante ao de um antropólogo, ele se tornou um pioneiro do que mais tarde se denominou história das mentalidades. Com 320 ilustrações, o volume inclui ainda uma entrevista com Jacques Le Goff (publicada na edição francesa de 1975) e um ensaio biográfico de Peter Burke.
Leia, abaixo, o depoimento da historiadora Laura de Mello e Souza sobre o livro:
“O outono da Idade Média, de Huizinga, foi o meu primeiro deslumbramento como estudante de história e aspirante a historiadora. Um farol que, há quase 40 anos, orienta meus percursos e me dá ânimo quando penso estar prestes a sossobrar em meio aos modismos, à crise dos paradigmas e às perplexidades que periodicamente assombram os estudiosos das ciências do homem. A História é, acredito, uma forma extraordinária de conhecimento humano, e há outros faróis quase tão elevados como o erguido por Huizinga. Mas penso poder afirmar que ele é, de fato, o mais alto de todos quantos despontaram nos últimos três séculos. A belíssima edição da Cosac Naify agora apresentada ao público brasileiro faz jus a este monumento.”
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É realmente belíssimo esse livro, já tive oportunidade de ler os dois primeiros capítulos e é encantador, Huizinga escreve de um maneira que envolver muito bem o leitor.
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