terça-feira, 31 de agosto de 2010

Se dependesse do DEM, PROUNI não existiria


O futuro que se reserva aos jovens, segundo o DEM e o PSDB.

(COLUNA DE ELIO GASPARI, NA FOLHA DE SÃO PAULO, 29/08)

Em benefício da qualidade do debate eleitoral, é necessário que seja esclarecida uma troca de farpas entre Dilma Rousseff e José Serra durante o debate do UOL/Folha. Dilma atacou dizendo o seguinte: “O partido de seu vice entrou na Justiça para acabar com o ProUni. Se a Justiça aceitasse o pedido, como você explicaria essa atitude para 704 mil alunos que dependem do programa?”

Serra respondeu: “O DEM não entrou com processo para acabar com o ProUni. Foi uma questão de inconstitucionalidade, um aspecto”.

Em seguida, o deputado Rodrigo Maia, presidente do DEM, foi na jugular: “Essa informação que ela deu é falsa, mentirosa”.

Mentirosa foi a contradita. O ProUni foi criado pela medida provisória 213 no dia 10 de setembro de 2004. Duas semanas depois o PFL, pai do DEM, entrou no Supremo Tribunal Federal com uma ação direta de inconstitucionalidade contra a iniciativa, e ela tomou o nome de ADIN 3314.

O ProUni transferiu para o MEC a seleção dos estudantes que devem receber bolsas de estudo em universidades privadas. Antes dele, elas usufruíam benefícios tributários e concediam gratuidades de acordo com regras abstrusas e preferências de cada instituição ou de seus donos.

Com o ProUni, a seleção dos bolsistas (1 para cada outros 9 alunos) passou a ser impessoal, seguindo critérios sociais (1,5 salário mínimo per capita de renda familiar, para os benefícios integrais), de acordo com o desempenho dos estudantes nas provas do Enem. Ninguém foi obrigado a aderir ao programa, só quem quisesse continuar isento de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, PIS e Cofins.

O DEM sustenta que são inconstitucionais a transferência da atribuição, o teto de renda familiar dos beneficiados, a fixação de normas de desempenho durante o curso, bem como as penas a que estariam sujeitas as faculdades que não cumprissem essas exigências.

A ADIN do ex-PFL está no Supremo, na companhia de outras duas e todas já foram rebarbadas pelo relator do processo, o ministro Carlos Ayres Britto. Se ela vier a ser aceita pelo tribunal, bye bye ProUni.

Quando o PFL/DEM decidiu detonar a medida provisória 213, sabia o que estava fazendo. Sua petição, de 23 páginas, está até bem argumentada. O que não vale é tentar esconder o gesto às vésperas de eleição.

Em 1944, quando o presidente Franklin Roosevelt criou a GI Bill que, entre outras coisas, abria as universidades para os soldados que retornavam da guerra, houve políticos (poucos) e educadores (de peso) que combateram a iniciativa.

Todos tiveram a coragem de sustentar suas posições. Em dez anos, a GI Bill botou 2,2 milhões de jovens veteranos nas universidades, tornando-se uma das molas propulsoras de uma nova classe média americana.

O ProUni não criou as bolsas, ele apenas introduziu critérios de desempenho e de alcance social para a obtenção do incentivo. Desde 2004 o programa já formou 110 mil jovens, e há hoje outros 429 mil cursando universidades. Algum dia será possível comparar o efeito social e qualificador do ProUni na formação da nova classe média brasileira. Nessa ocasião, como hoje, o DEM ficará no lugar que escolheu.

domingo, 22 de agosto de 2010

SUAPE é agora o novo ABC do Brasil (do Diário de Pernambuco)


Muito já se comparou o crescimento do Complexo Industrial Portuário de Suape ao de outros polos de desenvolvimento do Brasil, como Camaçari (BA) e Macaé (RJ).Por que não comparar também com a região do ABC Paulista? Não estamos falando mais de um ou dois municípios (Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho), mas de um território que abraça oito cidades. Assim como o ABC se expandiu e hoje engloba não mais três, mas sete municípios. Claro que são dois polos em estágios econômicos diferentes, surgidos em épocas distintas, mas suas trajetórias se cruzam mais do que se imagina.

Pelo menos um nome o ABC e Suape têm em comum: Louis Joseph Lebret. Em 1954, o padre francês, que era economista e engenheiro especialista em portos, esteve em Pernambuco quando Suape nem existia. Mas, de forma visionária, disse que o estado deveria abrigar uma refinaria de petróleo. Ao mesmo tempo, em São Paulo, Lebret sugeria ao governo paulista a integração do desenvolvimento social ao econômico através da desconcentração e interiorização dos investimentos. Surgia a região do ABC. Tinha como principal símbolo a montadora da Volkswagen, em São Bernardo do Campo.


LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO DIÁRIO DE PERNAMBUCO.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Eleições para o senado em Pernambuco caminham para um clássico dos clássicos. Armando Monteiro com 31% encosta em Marco Maciel com 32%.


As pesquisas do Vox Populi divulgadas pela Bandeirantes/Ig mostram Humberto Costa em primeiro lugar com 47% e já embolados disputando a segunda vaga, Marco Maciel que tem 32% e vê Armando Monteiro aceleradamente chegar junto com 31%.

É... parece que será como na eleição em que o velho Arraes foi para a TV e o rádio em 1986 pedir votos para os dois senadores de sua chapa, Mansueto de Lavor e Antonio Farias: "Faça como eu: vote nos dois!". E os dois foram eleitos em duas semanas. Ainda há mais 45 dias para Lula e Eduardo pedir: "Faça como nós, vote nos dois!". KKKKKKKKK.

P.S.: tenho uns dois ou três amigos que já estão nos consultórios pedindo uma receita de controladozinho para o coração e para a raiva, kkkkkk.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Primeiro programa da propaganda de Dilma, Marina e Serra na TV, 17/08.



Pesquisa IBOPE já mostra Dilma com 51%.


Nova pesquisa IBOPE aponta o crescimento da possibilidade da vitória de Dilma Roussef no primeiro turno, mas o mais prazeroso é ver Bonner dando a notícia, [kkkkk], lembra o rosto constrangido de Cid Moreira lendo o clássico direito de resposta obtido pelo velho Brizola na justiça contra a Globo, que não cansava de dizer mentiras sobre ele.

domingo, 15 de agosto de 2010

Especial Centenário de Joaquim Nabuco no Jornal do Commercio.


É tão perigoso quanto delicado falar sobre raça no País dos miscigenados. Afinal, quem são os “claros” e os “escuros” em uma sociedade onde a cor da pele é antes de tudo uma construção? Onde, entre 2007 e 2008, sumiram das estatísticas nada menos que 1 milhão de negros e 450 mil brancos (que deram lugar a 3,2 milhões de autodeclarados pardos)? Neste projeto duplo realizado para marcar os cem anos da morte do abolicionista Joaquim Nabuco, o Jornal do Commercio mostra como negros que vivem em condições favoráveis simplesmente “embranquecem” socialmente, enquanto brancos que vivenciam a pobreza, ao contrário, “escurecem”. O preconceito racial, no entanto, ainda é percebido mesmo entre os pretos mais ricos – por isso, quase brancos – enquanto os de pele clara contam apenas com a brancura como um bem de prestígio. São quase negros. Aqui, a história de dez personagens mostra como esse fenomeno acontece no dia a dia.

ESPECIAL JOAQUIM NABUCO, JORNAL DO COMMERCIO, 15/08.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

A pena de morte em um texto de "Os Miseráveis", de Victor Hugo, sobre a gulhotina.


"Os miseráveis" de Vítor Hugo é um grande livro, extraordinário livro. É uma das primeiras obras que voltam o seu olhar para as questões e contradições sociais da sociedade européia do século XIX. Isso quer dizer que ela reflete sobre o mundo da revolução industrial e pós-Revolução Francesa. Outros autores também dedicaram suas obras ou parte delas para essa reflexão, a exemplo de Charles Dickens, na Inglaterra (Um conto de Natal, David Copperfield) e Emile Zola, também na França (Germinal, sobre a vida em uma aldeia cuja principal atividade econômica era a mineração de carvão). Esses autores estão intimamente relacionados aos movimentos romântico, naturalista e realista.

Uma boa dica para estudar seria assistir (ou rever) o filme "Os miseráveis", com Gerard Depardieu (aquele francês, do narigão) no papel de Jean Valjean. Eu, de minha parte, transcrevo no próximo post um trecho belíssimo, onde Hugo põe uma extraordinária reflexão sobre a pena de morte na fala do bispo Bienvenu, que reflete sobre o papel da guilhotina após assistir a um condenado a morte em seus últimos momentos.

(...)
Quanto ao bispo, ver a guilhotina foi um choque do qual levou muito tempo para se restabelecer.

Com efeito, o patíbulo, quando está levantado, é algo que alucina. Pode-se considerar com certa indiferença a pena de morte, não aprová-la nem condená-la, enquanto não se tiver visto, com os próprios olhos, uma guilhotina; mas, vendo-se uma, o choque é violento e é preciso decidir-se ou a favor ou contra. Uns a admiram, como de Maistre; outros a detestam, como Beccaria. A guilhotina é a síntese de toda a lei; seu nome é vingança; não é absolutamente neutra, e não permite que continue neutro. Quem a vê se amedronta com o mais misterioso dos medos.

Todas as questões sociais levantam pontos de interrogação ao redor desse cutelo. O patíbulo é visão. O patíbulo não é simples armação de madeira, não é máquina: o patíbulo não é engenho inanimado feito de madeira, ferro e cordas. Parece um ser que possui não sei que iniciativa sombria; dir-se-ia que essa armação vê, que essa máquina entende, que esse mecanismo compreende, que essa madeira, esses ferros, essas cordas têm vontade própria. No pesadelo amedrontador em que lança a alma, o cadafalso se mostra terrível, confundindo-se com sua tarefa. O patíbulo é o cúmplice do carrasco; devora, alimenta-se de carne, sacia-se com sangue. É uma espécie de monstro fabricado pelo juiz e pelo carpinteiro, um espectro que parece viver uma vida feita de todas as mortes que ocasiona.
(...)


Os Miseráveis, de Vítor Hugo. São Paulo, Editora Cosac & Naif, 2002. p.37.

sábado, 7 de agosto de 2010

Ao citar ‘menino Dado’, Marina repete tática comum nos EUA.


Pedro Doria (Jornal O Estado de São Paulo)
Ao citar o menino Dado no encerramento do debate presidencial da Rede Bandeirantes, a candidata do PV Marina Silva estava repetindo uma tática comum em debates americanos.

A ideia é simples. Em um debate, candidatos precisam ilustrar aquilo que veem como os males da sociedade ou os erros de seus adversários. Citar números, leis ou fatos é um método. Personalizar é outro. Ao contar a história de uma única pessoa para ilustrar um problema, o resultado esperado é gerar empatia imediata do público e, principalmente, esticar o assunto por alguns dias na imprensa.

Jornalistas buscam histórias para contar e histórias com personagens no meio ganham preferência. Marina não citou Dado sem estar preparada. Na TV, só jogou a isca. Imediatamente após, sua equipe publicou no Twitter fotos de Dado e já estava preparada para atender quaisquer repórteres que pedissem detalhes. Se a história render páginas impressas e páginas de web às pencas, tanto melhor. O nome de Marina Silva estará sempre ali no meio. Como Marina o conheceu, como Dado vive, quais suas dificuldades, suas aspirações. Na melhor das hipóteses, segue o raciocínio, além de ditar a pauta na imprensa, liga-se a imagem do candidato à solução de um problema específico com o qual todos se identificam.

É tática. Uma ferramenta do marketing político. Quando dá certo, faz com que a repercussão do pós-debate seja mais positiva para um candidato.
O senador republicano John McCain tentou isso no terceiro debate contra o hoje presidente Barack Obama, em 2008. Em uma de suas falas, citou ‘Joe, the plumber’ – Joe, o encanador – como exemplo de alguém que, embora de classe média baixa, seria profundamente impactado pelo aumento de impostos para ricos que seu adversário pregava. Nos bastidores, sua equipe já alimentava os repórteres com endereço, telefone, vídeos.

Joe virou uma estrela da campanha, convidado a falar em programas na TV, a tomar parte em comícios. No primeiro momento, pareceu um golpe certeiro. O pacato americano que, como toda a classe média, sofreria num governo Obama. Aí descobriu-se que Joe não tinha registro de encanador, não ganhava realmente o que dizia ganhar e que era um conservador radical. De um típico americano revelou-se um militante político.
Do ponto de vista de quem cuida do marketing de um candidato, quando o personagem é uma criança os riscos são bem menores.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

65 anos da bomba de Hiroshima: o dia em que a ciência perdeu a sua inocência.


Em 06 de agosto de 1945 o mais estúpido e violento ato de covardia, cinismo, frieza e "razão de estado" foi tomado pelos EUA que se julgam emissários de Deus para civilizar o mundo moderno e a primeira bomba atômica foi jogada sobre a cidade Hiroshima. Além de um ato de guerra, representou o fim de um capítulo especial na construção da ciência moderna, que desde o século XIX pretendeu-se autosuficiente e portadora de uma "redenção racional" para a humanidade (que os positivistas chamavam de "Progresso").

Ao aliar-se ao Estado através de vínculos extremamente íntimos, Ciência e Poder (também poder político) passaram a andar lado a lado, mas ninguém percebia ainda. O intenso trabalho e a frenética corrida de físicos na Alemanha, EUA e URSS para desenvolverem novas armas e avançarem na manipulação do átomo apresentava, entretanto, uma nova realidade, em que nenhum conhecimento produzido era "neutro" como se pretendia, mas inserido e ao lado de um complexo jogo de poder político e interesses econômicos.

A briga de grupos religiosos com cientistas apenas centrada na contestação da teoria da evolução ou coisa parecida é quase uma ingenuidade, aliás, convenientemente estimulada pela direita evangélica norte-americana (fundamentalista e intolerante por natureza - no passado ela resolvia tudo mais rapidamente através de algumas fogueiras).

Muito mais grave do que qualquer teoria da evolução é um cientista que não vê limites éticos em suas pesquisas e afirma que suas pesquisas sobre átomos e bombas e armas químicas e guerras biológicas e milhares de outras brutalidades são neutras. É risível. Seu conhecimento está a serviço do poder e reafirma o velho e adâmico desejo do ser humano em ser igual a Deus, conhecendo todas as coisas. Não reconhecendo limites éticos, objetos como a bomba atômica, o agente laranja, a bomba de fósforo branco (aquela que Israel gosta de jogar em cima de cidades palestinas) continuam sendo produzidas em profusão e mais "ciência neutra" idem. Da mesma forma, "ciência neutra" vai sendo feita sob o patrocínio de gigantes transnacionais do setor de medicamentos, vinculada a uma indústria de bilhões de dólares ("o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males", lembram?).

Até 6 de agosto de 1945 uma guerra entre dois povos poderia resultar, no máximo, em muitos mortos. A partir de então, a própria espécie humana pode ser extinta. A ciência perdeu a sua inocência naquela terrível manhã.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Artigo meu na Folha de Pernambuco de hoje: 80 anos da Revolta de Princesa.


A Folha de Pernambuco publicou hoje outro artigo meu tratando dos 80 anos da Revolta de Princesa e da Revolução de 30. O artigo pode ser lido no sítio da FOLHA DE PERNAMBUCO.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Pena de morte. Cinco mil execuções na China e 52 nos Estados Unidos. Premiado presidente da União Africana.


1. No planeta, 43 países adotam a pena de morte.

Dos Estados que consumam o denominado “homicídio legal”, 36 estão sob regime ditatorial.

2. O país que mais condena e executa sentenças de morte é a China. No ano de 2009 foram executados 5.619 chineses.

Por problemas de comunicação, em muitas circunscrições administrativas as execuções capitais não são comunicadas ao poder central. Com efeito, pode-se concluir que a China matou mais de 5.619 pessoas em 2009.

3. Em quatro países ocorreram condenações à pena capital, mas as execuções estão suspensas: Emirados Árabes Unidos, Birmânia, Nigéria e Sudão.

4. No Irã, que ocupa o segundo posto na tabela de Estados-assassinos, ocorreram 402 execuções em 2009.

Pelo que se sabe, o presidente Lula costura o recebimento de uma condenada à morte pelo teocrático Estado do Irã: ela está sujeita à pena de apedrejamento (lapidação) por adultério.

Nos Estados fundamentalistas islâmicos, quer xiita quer sunita, o Corão (Al Corão) vale como Carta Magna, código penal, código civil etc.

Tribunais islâmicos funcionam em regiões tribais e impõem penas corporais, inclusive a de morte. Nos confins entre Afeganistão e Paquistão, em zona tribal, não se tem acesso a informações precisas.

Em 2009, em dez Estados, foram impostas e executadas, por tribunais Islâmicos, 607 penas capitais.

5. O terceiro posto dos que mais executam condenados ficou com o Iraque: 77 mortes em 2009.

A Arábia Saudita, com 69 execuções capitais, está no quarto lugar.

Atrás, na quinta posição, ficaram os EUA.

A Justiça norte-americana, em 2009, cumpriu 52 sentenças à pena de morte, todas com injeção letal, vista, por incrível que possa parecer, como avanço humanitário pelos norte-americanos.

Por evidente, nos EUA ainda não se conseguiu enxergar que a pena de morte representa uma mera vingança por parte do Estado.

O sexto posto é do Iêmen, que matou 30 pessoas em 2009.

6. O presidente da União Africana (UA), Jean Ping, natural do Gabão, recebeu, pela luta em prol da abolição da pena de morte, o importante prêmio Abolicionista, conferido pela Liga Internacional Hands off Cain.

Por sua influência, a pena de morte foi abolida em Ruanda, Togo e Burundi

7. Nem todos os Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) aceitaram a moção da Alemanha e da Itália sobre uma “moratoria” à pena de morte. Isso consistiu, para os países que concordaram com a ideia, no compromisso de suspender todas as condenações impositivas de pena capital até que a ONU, por Convenção, delibere sobre o tema.

PANO RÁPIDO. A Liga Internacional que apresenta os relatórios anuais tem uma mensagem aos fundamentalistas religiosos. Ela se baseia no Gênesis bíblico, em que está escrito que o Senhor colocou um sinal em Caim, para ninguém matá-lo quando o encontrasse.

Sobre o relatório, acesse http://www.nessunotocchicaino.it/chisiamo/index.php?idtema=20029

DO BLOG DO MAIEROVITCH