domingo, 12 de setembro de 2010

Universidades no interior de Pernambuco: A nova revolução do campo.


A mudança está nas ruas, nas praças, no comércio, nas escolas, dentro das casas. Da Zona da Mata ao Sertão, os jovens pernambucanos agora têm outras perspectivas de vida. O céu é o limite e eles já não se contentam em seguir "a lida" dos pais. Para mostrar essa nova realidade, o Diario de Pernambuco foi a todos os campi do interior, percorrendo as cidades de Garanhuns, Caruaru, Vitória de Santo Antão, Petrolina, Serra Talhada, Salgueiro e Nazaré da Mata. E constatou que o sonho de conseguir o diploma sem migrar para o Recife tornou-se realidade. As portas das universidades públicas abriram-se para o interior. As cidades também estão se transformando, no momento em que começam a receber professores e alunos de várias regiões do país. O mercado imobiliário está cada vez mais aquecido, o setor de serviços oferece um leque cada vez maior de ofertas e as empresas locais estão ansiosas pela nova mão de obra qualificada. O índice de empregabilidade dos formandos chega aaté 70%, segundo as próprias universidades.

A interiorização do ensino superior em Pernambuco começou para valer quando o governo federal anunciou, em 2002, a criação da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), única instituição do país a ter três campi divididos por estado. A sede fica na cidade de Petrolina (PE), coração da região do Vale do São Francisco, a 774km do Recife. Mas o fenômeno começou a ganhar vigor há cinco anos, quando foram instaladas quatro expansões universitárias nas cidades de Vitória de Santo Antão, Caruaru, Garanhuns, Salgueiro e Serra Talhada. Antes disso, a Universidade de Pernambuco (UPE) já havia construído três unidades de formação de professores nas cidades de Nazaré da Mata, Garanhuns e Petrolina, no final da década de 1960. Mas, pegando carona no fenômeno da interiorização, há cinco anos a universidade estadual implantou um campus em Caruaru e estruturou o já existente em Garanhuns trazendo, dessa vez, a força dos cursos da área de saúde. A cidade de Salgueiro ganhou, em 2006, o curso de administração, que funciona em salas alugadas.

O ensino superior gratuito no interior de Pernambuco abriga hoje cerca de 20.911 estudantes, em 67 graduações. A maioria vem da região onde as universidades estão inseridas, mas também existe um quantitativo considerável de jovens do Recife e até de outros estados brasileiros. Os alunos de escola particular ainda são maioria, mas a proporção de estudantes oriundos da rede pública é 20% maior que a encontrada na capital. Grande parte dos 1.240 docentes é de fora. Mais de 60% deles possuem título de doutor ou de mestre e atuam em graduações criadas para atender o arranjo produtivo desses municípios.

LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO DIÁRIO DE PERNAMBUCO:

A NOVA REVOLUÇÃO DO CAMPO
Fenômeno aquece mercado imobiliário
A interiorização em Pernambuco
Opção para quem precisa economizar
Um destino diferente para os mais jovens
Problema revela lacuna na formação
O primeiro delivery de Vitória

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