quinta-feira, 1 de abril de 2010

Uma escrava que comprou sua própria liberdade. Uma outra que vendeu a si própria.


O avanço e consolidação dos programas de pós-graduação em história nas última décadas promoveu uma renovação na perspectiva com que se analisa os diversos aspectos da sociedade, da economia e da política de nosso passado. Histórias absolutamente improváveis ganham corpo a partir da pesquisa documental e da exploração de arquivos desprezados por muito tempo. Também influiu nesse processo a queda do muro de Berlim, o fim da URSS, à medida que as análises unicamente econômicas cederam espaço para outras 'escolas' historiográficas.

No caso da história da escravidão, tem se desvelado um painel muito mais complexo acerca da sociedade escravista a partir da análise de arquivos judiciais e outras fontes desprezadas em um passado até muito recente. Levantamentos de inventários, análises de "ações de liberdade" [onde o objeto da ação jurídica era a liberdade do escravo], anúncios de fugas e buscas de escravos publicados em jornal, são alguns instrumentos que puseram por terra a velha concepção que reduzia o escravo a um mero objeto, desprovido de vontade, incapaz de reagir de qualquer forma que fosse diante das "estruturas" da economia escravista.

O título da postagem remete a algumas dessas histórias, que você pode ler AQUI, na Revista de História da Biblioteca Nacional, excelente publicação.

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